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domingo, 19 de agosto de 2012

Resenha: A sombra do vento, de Carlos Ruiz Zafón.

Já havia tido um vislumbre em “O jogo do anjo”, mas “A Sombra do vento” me garantiu a certeza: Carlos Ruiz Zafón escreve muito, muito bem.
O livro nos narra uma história original, intrigante. Daniel Sempere, filho de um tradicional livreiro de Barcelona, um dia acorda assustado. Descobriu que não consegue mais se lembrar do rosto de sua falecida mãe. Seu pai, para consolá-lo, resolve por lhe levar a um lugar mágico: o cemitério dos livros esquecidos. Responsável por preservar as obras daqueles autores esquecidos no tempo, o cemitério trás consigo toda a atmosfera do peso do passado, das vozes que não conseguiram se propagar no tempo, dos livros que talvez nunca fossem lidos. Lá, Daniel descobre “A Sombra do vento”, do desconhecido Julián Carax. Fascinado pela obra, o jovem tentar descobrir mais sobre o autor e seu trabalho, até que vem a seu o fato de que uma estranha figura vêm destruindo ao longo dos anos todos os livros de seu querido autor. E com esta descoberta, Daniel acaba por se lançar em um mundo de conflitos, amores e segredos ocultos por detrás da sombra do vento de uma Barcelona arrasada pela guerra civil.
A ditadura de Franco e a crise financeira espanhola servem de pano de fundo para esta fantástica obra, cheia de segredos que instigam o leitor a querer sempre mais. Com personagens humanos, dotados de vícios e virtudes que nos são descritos sem floreios exagerados, as aventuras de Daniel e Cia ganham vida a cada página. Com uma escrita dinâmica onde inúmeras narrativas nos são apresentadas, A sombra do vento se mostra um trabalho ambicioso e audacioso, que não decepciona o leitor em momento algum.

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